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O que é derrame?

O derrame é para o cérebro o que o infarto é para o coração. Em ambas as situações uma artéria que irriga o órgão, levando nutrientes para ele, é obstruída, causando o sofrimento de suas células pela falta de oxigênio em um processo chamado isquemia, que pode levar a morte e a perda do tecido.

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Esse evento no cérebro é chamado acidente vascular cerebral (AVC) ou encefálico (AVE) e é a principal causa de morte no Brasil.

Existem dois tipos de derrame: o isquêmico (a maioria dos casos) e o hemorrágico. Este último é causado pelo sangramento de uma artéria (normalmente uma artéria que tem uma porção dilatada, isto é, um aneurisma). O sangue preenche o espaço que recobre o tecido nervoso, aumentando a pressão sobre ele. São condições associadas ao AVC hemorrágico: o tabagismo, a pressão alta, o alcoolismo e algumas doenças genéticas. O evento pode ser desencadeado por esforço físico e se manifesta subitamente com forte dor de cabeça, vômitos e sonolência, podendo levar ao desmaio. É possível também que a pessoa apresente dificuldade de encostar o queixo no peito, como acontece na meningite. Essa é uma situação de emergência, que necessita de atendimento médico imediato.

Já o AVC isquêmico é causado pela obstrução de uma artéria que irriga o cérebro. Essa obstrução pode resultar da presença de uma placa de aterosclerose nessa mesma artéria ou em artérias distantes, ou da presença de trombos no coração. Mas como uma placa distante pode obstruir um vaso dentro do cérebro? Isso acontece por meio de êmbolos.

O êmbolo é um pedacinho de um trombo ou restos de uma placa, presente em alguma outra parte do corpo, que se soltou e percorreu os vasos sanguíneos até alcançar o cérebro. O trombo inicial pode estar presente no coração ou em alguma outra artéria. Ele se forma em cima de placas de aterosclerose presentes nos vasos ou se forma devido à presença de determinados tipos arritmia do coração.

O derrame pode se manifestar de diferentes formas, dependendo de qual parte do cérebro não está mais recebendo sangue e oxigênio. O paciente pode não conseguir mexer os braços, apresentar dificuldade para falar, não conseguir sorrir, ter sensações estranhas do tipo formigamento nos membros, não conseguir caminhar, sentir tontura (“leveza”), os olhos podem desviar para os lados, as pálpebras podem ficar caídas. Pode ser que somente um desses sintomas esteja presente, entre outros possíveis. Essa também é uma situação de emergência, necessitando de atendimento médico imediato.

Nem sempre o evento pode ser evitado, mas manter um estilo de vida saudável com a prática regular de atividade física, uma alimentação balanceada e evitar o tabagismo, assim como manter sob controle outras doenças, como pressão alta e diabetes, ajudam na prevenção da doença aterosclerótica e, consequentemente, do derrame.

Dr. Marcelo Amato - CRM: 116.579
Dr. Marcelo Amato - CRM: 116.579
Médico e Neurocirurgião pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP); Doutor em Neurocirurgia (Clínica Cirúrgica) pela Universidade de São Paulo (FMRP-USP), orientado pelo Prof. Dr. Benedicto Oscar Colli; Especialista em Neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e pela Associação Médica Brasileira (AMB); Especialista em Cirurgia de Coluna pela Sociedade Brasileira de Coluna (SBC) e Associação Médica Brasileira (AMB); Linha de Pesquisa em Cirurgia Endoscópica da Coluna desde 2013 pela FMRP-USP com diversos artigos e livros publicados nacional e internacionalmente; elaboração de aulas e cursos nacionais e internacionais sobre Endoscopia de Coluna, e realização de consultorias em todo território nacional ; Neurocirurgião referência do Hospital de Força Aérea de São Paulo (HFASP); Diretor do Amato - Hospital Dia;

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