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Tratamentos minimamente invasivos para coluna

Entrevista com Dr Marcelo Amato, neurocirurgião, sobre técnicas menos invasivas para o tratamento das doenças da coluna no programa Freud Explica.

 

 

Transcrição

 

 

Taty Ades: Olá, boa tarde, que bom ter vocês comigo mais uma vez. Eu sou Taty Ades, esse é o “Freud Explica”. Hoje gente, é um tema bem diferente… quando você sente dor na coluna, você procura qual médico, ortopedista? Vamos falar de coluna e neurocirurgia e para falar com a gente eu tenho o doutor Marcelo Amato, neurocirurgião, doutor obrigada pela presença.

Dr. Marcelo Amato: Eu que agradeço a oportunidade de estar aqui com vocês.

Taty Ades: E gente, para me ajudar a conduzir a entrevista mais uma vez o meu amigo Mauricio Andrade

Orador C; Boa tarde, boa tarde doutor.

Dr. Marcelo Amato: Boa tarde.

JB Oliveira: Boa tarde a todos.

Taty Ades: Então vamos lá, doutor para começar, na verdade é uma cirurgia minimamente invasiva, quer dizer, muito pouco invasiva da coluna, como é que é, o que que é essa cirurgia?

Dr. Marcelo Amato: é um conjunto de técnicas que visam o tratamento da doença da coluna trazendo uma menor agressão ao corpo da pessoa, então dessa forma o paciente ele consegue ter uma recuperação mais rápido, um retorno mais rápido das atividades, então pela invasão ser menor, os tecidos cicatrizam de uma maneira mais rápido então ele tem menos dor no pós operatório então, é um conjunto de técnicas que visa a resolução do problema com uma menor agressividade para o paciente.

Taty Ades: E o que eu falei agora a pouco, quer dizer, geralmente tem dor na coluna a gente busca o ortopedista, quer dizer, a gente realmente acho que é interessante essa pauta, porque você não faz uma ligação com a neurocirurgia, é algo novo essa cirurgia ou não, ou estamos desinformados?

Dr. Marcelo Amato: Não é isso comum em todos os pacientes tem essa dúvida mesmo e quem mais encaminha paciente para o neurocirurgia é o ortopedista, então muitas vezes o paciente está com problema na coluna ele procura realmente o ortopedista que tem uma formação geral, mas que não necessariamente opere a coluna e ai ele encaminha para o neurocirurgião ou para um ortopedista que seja especialista em coluna, existe essa possibilidade, então antigamente até… a gente estava comentando ali fora, os ortopedistas tinham a técnica deles, a neurocirurgiões tinham a técnica deles, o neurocirurgião aprendia com o neurocirurgião e ficava ali, talvez mesmo pela dificuldade de divulgação das técnicas e hoje é um negócio meio misturado não tem a técnica do ortopedista ou do neurocirurgião, é aquela técnica que é melhor para o paciente é o que vai ser feito em cada caso.

Taty Ades: Pensando nessas, quais as possibilidades, quais os problemas de coluna que você pode de repente fazer essa cirurgia e serem resolvidos?

Dr. Marcelo Amato: Bom, os pacientes que mais se beneficiam das técnicas minimamente invasivas são os pacientes com as doenças degenerativas que são, as famosas hérnias de disco, famosas bico de papagaio, é logico que pacientes que tem fraturas, tumores ou deformidades da coluna eles também podem se beneficiar de algumas técnicas minimamente invasivas, mas realmente aquelas doenças relacionadas com a hérnia de disco, esses são os pacientes que vão se beneficiar mais.

Orador C; Então, doutor eu queria saber, interessante você é neurocirurgião e fazendo essa técnica minimamente invasiva com relação a coluna, então qual que é a relação da neurocirurgia ou da neurologia com relação a parte da coluna do corpo?

Dr. Marcelo Amato: Da mesma forma que o crânio ele envolve o cérebro, a coluna ela envolve a medula e os nervos, então a gente também faz cirurgia de crânio, mas isso é mais fácil para a população em geral entender que o neurocirurgião ele não opera só o cérebro ele opera o crânio também, mas se a gente for falar não, da medula e ai talvez a dúvida ele volte, “poxa, mas quem será que opera a medula? Ortopedista…” então, a relação é essa, a coluna ele envolve o tecido nervoso ainda, então por isso que a gente está… o neurocirurgião está habilitado a tratar tanto as doenças da medula, dos nervos como também da coluna.

JB Oliveira: É, a gente estava ali falando lá fora também com essa relação do ortopedista, do neurocirurgião, existe uma…quase não existe uma divisão com relação a isso quando se fala nos problemas relativos a coluna, aos crânio, já não existe mais uma separação efetivamente entre uma coisa e outra?

Dr. Marcelo Amato: Existem algumas doenças especificas que são mais tratadas pelo neurocirurgiões isso em relação a coluna e outras doenças que são historicamente ai mais tratadas pelos ortopedistas então, se a gente falar, por exemplo, um tumor dentro da medula essa é uma doença típica da coluna, mas que é o neurocirurgião que cuida. Por outro lado, deformidades da coluna como escolioses, desiquilíbrio sagital então, algumas doenças que trazem uma deformidade muito grande da coluna geralmente são tratadas pelo ortopedista isso historicamente ai como eu disse isso já está se mesclando, então a gente tem… eu trabalho com ortopedista, tenho a chance a gente tem a chance de trocar essas ideias e as técnicas, a gente vê que a formação é diferente, mas a ideia realmente é chegar no melhor para o paciente.

Taty Ades: Pois é importante isso que você está falando é importante ter esse trabalho em equipe também…

Dr. Marcelo Amato: Com certeza.

Taty Ades: O ortopedista te passando informações ou vice-versa…?

Dr. Marcelo Amato: Uhum.

Orador C; Que assim, eu ouço muito falar, mas eu não sei, ainda bem por enquanto eu não sei o que é uma hérnia de disco, como que você pode definir para nós explicar como acontece a hérnia de disco?

Orador A E tanta gente tem…

Orador C; Tanta gente tem e tanta gente acha que tem também, às vezes também pode ser que não tenha.

Dr. Marcelo Amato: Com certeza.

Taty Ades: E geralmente a pessoa está com dor ela logo fala “nossa’ deve ser uma hérnia de disco” a primeira coisa que…

Dr. Marcelo Amato: É a maior culpada…

Taty Ades: Exatamente e realmente é alta a porcentagem de pessoas que tem a hérnia?

Dr. Marcelo Amato: O problema de coluna tem uma taxa, uma incidência muito alta, para vocês terem uma ideia é a segunda maior causa de procura ao médico só perde para resfriado, infecções de vias aéreas superiores, é a dor na coluna então, é muito comum, agora eu digo que em 50 por cento desses casos de dor na coluna a gente nunca vai descobrir o que foi que causou, se foi uma hérnia de disco, se foi só uma dor muscular, uma pequena dor na articulação, a gente não vai descobrir, porque geralmente os pacientes passam alguns dias, algumas semanas faz um repouso toma medicação e melhora, quando a dor ela insiste mais tempo e que exige uma investigação é quando a gente descobre ali exatamente qual que é a causa da dor. E é assim, o disco ele é uma estrutura responsável pelo amortecimento ele fica entre uma vertebra e outra então, quando a gente está andando ele está amortecendo ali o impacto entre uma vertebra e outra então, quando o disco ele é formado por uma estrutura mais rígida por fora que a gente chama de ângulo fibroso e uma estrutura mais gelatinosa, os pacientes gostam de comparar ele entendem muito quando a gente fala do bubbaloo então, que é aquele chicletezinho que tem a partezinha mais mole dentro, então imagina naquele chiclete você faz uma pressão maior e a parte de dentro extravasa, não é tão liquido como no chiclete então, é mais cartilagem mesmo…

Taty Ades: Fica imaginando a dor…. ‘nossa’!

Dr. Marcelo Amato: E acontece que os nervos e alguns níveis da coluna também a medula passam muito próximo do disco então, quando extravasa essa parte de dentro que é o núcleo pulposo ocorre uma compressão do nervo e também uma reação inflamatória muito importante e isso é o que causa a dor a dor típica da hérnia de disco na coluna lombar, por exemplo, é uma dor começa na coluna e irradia para perna então, esses nervos eles vão, vão para a perna, no caso a coluna cervical vai para o braço eles estão eles dão essa dor irradiada.

Taty Ades: Tenho os problema de escoliose, lordose, e esse cifose, então eu sei que realmente é terrível porque assim, é uma dor que espalha até a planta do pé e a dor da coluna ela é cruel mesmo.

Dr. Marcelo Amato: Com certeza.

Taty Ades:  Com a cirurgia, quer dizer, a pessoa com a hérnia vamos imaginar, ela realmente tem uma recuperação de não sentir mais dor, ela tem essa possibilidade?

Dr. Marcelo Amato: Esse é o objetivo, então como eu vinha falando, 90 por cento dos casos de hérnia de disco, não são nem de dor na coluna a gente já chegou ao diagnóstico de hérnia de disco 90 por cento desses pacientes eles vão melhorar com tratamento clínico sem precisar da cirurgia, então a gente reserva cirurgia par aos casos mais graves quando existe uma perda de função neurológica, ou seja, o paciente está perdendo força ou está perdendo sensibilidade e a dor é incapacitante esses casos vão precisar de cirurgia. Tem outros pacientes que tem uma dor mais leve, moderado nem tem tanta … não tem problema neurológico, mas está com a dor está tentando tratamento clinico ali um mês, dois meses, não resolveu ai esse paciente também tem indicação de cirurgia, mas de uma forma geral quanto mais rápido a gente opera maior a chance do paciente melhorar da dor, então é uma paciente que a gente tem que seguir de perto, porque a gente tem que tentar o tratamento clínico, porque 90 por cento deles vão melhorar com tratamento clínico, mas a gente também não pode atrasar muito a cirurgia, porque senão a melhora da dor ela é parcial às vezes, então depende muito do paciente, do tipo de hérnia, do tipo de doença de comodidade, se ele vai melhorar totalmente ou não, mas esse é sempre o nosso objetivo.

Taty Ades: Ok.

JB Oliveira: E a longo prazo o não tratamento o que pode causar a pessoa?

Dr. Marcelo Amato: É… eu acho que esse ponto é muito importante, porque muitos pacientes tem medo da cirurgia, então ok, se o paciente acabou de começar com quadro de dor, não tem nenhuma disfunção neurológica e quer tentar mais tempo o tratamento clínico desde que esteja com acompanhamento m´médico é aceitável, mas se o paciente já está perdendo força num membro ou está perdendo sensibilidade ou a dor está atrapalhando o paciente não consegue mais trabalhar, esse paciente ele deve conversar bem com seu médico e esses casos tem muito benefício da cirurgia e se não operar realmente ele pode ficar com uma sequela.

Taty Ades: Doutor, a Paula pergunta o seguinte, “tenho uma dor que não se diagnostica nunca, espalha pelo corpo inicia na nuca sempre a nunca fica muito rígida como uma pedra e perco os movimentos além de formigamento no corpo, o que poderia ser isso? Sinto muita enxaqueca também”. Paula

Dr. Marcelo Amato: Eu recebo muitas perguntas de pacientes como o caso dela e muito difícil a gente com algumas palavras tentar chegar num diagnóstico, então até os pacientes muitas vezes eles querem fazer o exame para… mas o mais importante é o exame neurológico, então essa paciente precisa fazer o exame neurológico detalhado para ver exatamente se esse formigamento se ele realmente é uma perda de sensibilidade que vai fazer a gente pensar numa hérnia de disco cervical, por exemplo, esse quadro que ela me diz ele é compatível com a hérnia de disco cervical, dor na nuca, formigamento nos braços, como a hérnia a coluna cervical no meio dela passa a medula que dá informação para o nosso cérebro do corpo inteiro, então teoricamente os sintomas eles podem aparecer nos membros inferiores, nos membros superiores, então é uma possibilidade, mas por outro lado também uma fibromialgia é uma possibilidade para esse paciente então…

Taty Ades: Também, né?

Dr. Marcelo Amato: Também, não dá para gente saber só com essas informações.

Taty Ades:Ou uma artrite talvez…?

Taty Ades: é o meu caso, bom saber, porque eu tenho fibromialgia e é uma dor assim transtorna a gente. E ai nesse caso eu tenho até uma pergunta para vocês, a dor na coluna seja causada por uma hérnia de disco ou algum outro problema da própria coluna ela pode começar gerar algum tipo de transtorno psicológico da pessoa por causa da dor constante dia a dia, hora a hora e isso pode gerar também algum tipo de transtorno na pessoa?

Dr. Marcelo Amato: Sim, com certe e é muito comum a gente vê essas cosias caminhando junto então, paciente que tem dor crônica é muito cursar com depressão e o oposto é verdadeiro também, paciente que é deprimido também tem mais dor.

Taty Ades: Sim, eu recebo muito em consultório Mau e doutor, pessoas que tem se queixam de quadros de fibromialgia realmente, mas são casos de somatização, porque algumas persistem após o tratamento, quer dizer, a melhora do quadro depressivo, mas existe por exemplo, inclusive uma pessoa que eu estou pensando agora que em dois meses quer dizer, verbalizando que ela sentia e no processo terapêutico a dor desapareceu ela n ao tem mais sintoma algum, como outras coisas que ela tinha, ulcera, gastrite, quer dizer, então eu concordo eu acho que é bom ficar atento sempre a esse lado emocional também, quer dizer… tem os dois lados um vai levar o outro.

Dr. Marcelo Amato: E é importante a gente também ressaltar que muitos pacientes que são depressivos ou que tem fibromialgia que tem dor no corpo inteiro esses pacientes também podem ter hérnia de disco então, muitas vezes esses pacientes às vezes são mal interpretados e fala “ah, não, é fibromialgia” e não sei o que…

JB Oliveira: Mal orientados, na verdade, podem ser também…?

Dr. Marcelo Amato: Sim.

JB Oliveira: eu vejo, eu conheço muitas pessoas que acabam fazendo um auto diagnostico que é uma coisa perigosíssima, tanto em situações psicológicas, como em situações fisiológicas, porque acabam conversando com outro que tem uma dor assim muito parecida pode não ser a mesma coisa e ela acaba fazendo um auto diagnostico e entrando em situações que realmente acabam lesando a pessoa.

Taty Ades: Olha, aqui gente, do que a gente está falando, o Lucas de São Paulo ele diz, “Doutor, é possível alguma intervenção cirúrgica para fibromialgia?” Porque cada vez mais gente, casos de fibromialgia realmente está… a gente vê cada vez mais, quer dizer, acredito que não… como é que é?

Dr. Marcelo Amato: É… eu pessoalmente eu não trato a fibromialgia, eu sempre peço acompanhamento ou de um reumatologia ou de um fisiatra para seguir esses paciente junto comigo, mas é o que eu falei, o paciente com fibromialgia ele pode ter uma dor relacionada a coluna e ele geralmente tem uma sensibilidade maior então, às vezes uma hérnia de disco que não traria sintomas numa pessoa que não tem fibromialgia, pode trazer para ele e ai para esses casos específicos pode…

Taty Ades: Que ele fica mais sensível a dor seja qual for…

Dr. Marcelo Amato: Exatamente.

Taty Ades: a fibromialgia deixa a pessoa mais sensível em geral, não é?

Dr. Marcelo Amato: Tem alguns paciente com fibromialgia que cursaram com uma hérnia de disco lombar e ai alguns procedimento minimamente invasiva para ajudar na dor, às vezes o paciente que estava, que já estava controlando a fibromialgia apareceu essa outra dor, fez um procedimento melhorou ai ele voltou ao patamar estável dele, então assim um tratamento cirúrgico direto…

Taty Ades: Suportável, né…

Dr. Marcelo Amato: Tratamento direto assim, cirurgia para fibromialgia não tem, mas para as coisas que podem vir associada, sim.

JB Oliveira: Então, normalmente pós cirurgia, quanto tempo em recuperação, é demorado, é dolorido, tem sequela ou não, se caso a pessoa não seja boa cirurgia vamos dizer assim, ou se mesmo bem sucedida a pessoa pode ter alguma sequela, o pós operatório é demorado, como é que fica?

Dr. Marcelo Amato: Bom, são diversas técnicas minimamente invasivas que a gente usa, eu vou falar um pouco mais da cirurgia endoscópica da coluna, que é uma técnica que a gente consegue usar para uma gama maior ai de pacientes, então em geral para uma hérnia de disco simples ou essa cirurgia endoscópica ela é ambulatorial então, o paciente ele vai no dia para cirurgia para clínica, para o hospital e vai embora no mesmo dia então, a cirurgia ela é feita com uma anestesia local e uma sedação, não precisa de anestesia geral, então dura em torno de 40 minutos a 1 hora.

Taty Ades: Que coisa, a gente imagina aquela…

Dr. Marcelo Amato: É cirurgia de coluna

JB Oliveira: Coisa da idade média…

Dr. Marcelo Amato: E então, logo depois o paciente fica ali umas duas, três horas no pós operatório depois vai para casa, vai andando para casa, então é logico que depois precisa ficar ali uma semana de repouso e dependendo da atividade do paciente na segunda semana ele pode voltar as atividades profissionais, a não ser que ele seja… use a força física para trabalhar ai a gente tem que deixar um pouco mais de tempo. A sua outra pergunta…? Ah, foi com relação a sequelas…

JB Oliveira: Sequelas, ahãm.

Dr. Marcelo Amato: Bom, a gente lida muito próximo das estruturas nervosas, das raízes nervosas, da medula em alguns casos, isso é o que mais preocupa os pacientes se vai sair da cirurgia com alguma sequela neurológica, é importante ressaltar que a cirurgia ela é feita justamente para evitar uma sequela então, é aquele paciente que está piorando da força tem que operar logo para não….

Taty Ades: Sim, sim, para que não tenha outros problemas…

Dr. Marcelo Amato: É, então hoje em dia a gente usa técnicas muito seguras e que minimizam o máximo esse risco, mas mesmo assim é possível, é um risco baixo, mas é um risco. Complicações da cirurgia minimamente invasivas elas são muito menores quando a gente comprar com a cirurgia convencional então, o corte é menor ou às vezes até inexistente, porque é muitas delas a gente faz com agulhas então a lesão do tecido é muito menor, o paciente tem menos dor no pós operatório, a recuperação é mais rápida então, isso tudo traz um conforto melhor ai para o paciente, realmente e é uma cirurgia mais confortável digamos assim.

JB Oliveira: Fico imaginando como era antigamente isso, como é que…

Taty Ades: Nem imagine…

JB Oliveira: Como é que se tratava isso há 40 anos atrás…?

Taty Ades: Vou deixar essa resposta para o doutor responder depois do nossos intervalinho, tá bom gente, a gente já volta.

Orador D: Olá, eu sou o J.B.Oliveira, quero convidar você para assistir o nosso programa “Conversando com São Paulo”, pela TV Geração Z, conto com você.

Orador E: Alô, galera do bem, estou aqui para lembrar a vocês que toda quarta-feira a gente está apresentando o programa “Lucimara Parisi”, sobre os mais diversos assuntos, mas de cada 15 dias a gente fala sobre os Et’s, eu estou aqui com a maior ufóloga do país Ângela Pascoal, esclarecendo várias dúvidas, você internauta pode mandar a sua mensagem que a gente vai esclarecer, eles existem, eles estão perto ou não? Confira toda quartas-feiras ás 21 horas aqui na TV Geração Z.

Orador F: Olá, eu sou Amanda Pereira, quarta-feira as 19 horas ao vivo aqui na TV GZ, nós temos um encontro marcado, é nosso happy hour, o nosso programa “atualidade TV” com olhar para a mulher contemporânea atual múltipla ou para você que quer entender um pouquinho mais essa mulher.

Taty Ades: De volta com “Freud explica” hoje falando de cirurgia da coluna. Antes de entrar nas questões o Mauricio deixou uma questão para o doutor, Mau, por favor, só uma…

JB Oliveira: Eu havia perguntado como é que isso era feito no passado, como é que acontecei, se existiam mais casos talvez de problema na cirurgia, isso 40 anos atrás como é que era detectado isso e como é que era feita a cirurgia?

Dr. Marcelo Amato: 40 anos atrás a gente realmente tinha uma dificuldade técnica até para diagnosticar casos facilmente hoje diagnósticos como a ressonância magnética, por exemplo,

Taty Ades: Realmente, acho que seria uma (ininteligível) mesmo…

Dr. Marcelo Amato: e certamente existiam outros métodos de diagnostico era utilizado antes da ressonância, tomografia antes da tomografia o raio x com injeção de contraste que é a melografia, então a gente conseguia identificar o problemas e a gente conseguia tratar, mas os cortes realmente eles eram maiores, porque às vezes não se encontrava nos exames de imagem, nos exames complementares, mas se encontrava na cirurgia, então a cirurgia ela era ´pum pouco exploratória também, a gente tinha que explorar achar o problema e resolver, mas era resolvido.

JB Oliveira: Antes da Taty perguntar, eu queria a gente conversando aqui agora a pouco, sobre a questão da dor pontual, da gente ter uma dor nas costas muito intensa, muito agudas às vezes, e isso é uma dor muscular e a gente confundir às vezes ‘não, eu tenho um problema na coluna, eu tenho um problema na coluna” eu queria que o senhor falasse um pouquinho sobre isso.

Dr. Marcelo Amato: Realmente assim, a musculatura ela envolve toda a nossa estrutura óssea, articular ai, então a musculatura ela vai estar sempre envolvida na dor, então num caso de hérnia de disco a musculatura ela trava mesmo e o paciente às vezes “’nossa’ eu travei não consegui me mexer” porque a musculatura ela se contrai para tentar proteger a estrutura que está danificada e na ausência de uma hérnia de disco realmente a musculatura ela tem esse poder de contrair de uma forma muito intensa dá contraturas e o paciente ter dor intensa mesmo e o que a gente estava comentando é que realmente quando a dor ela é mais muscular ela vai mudando às vezes de lugar, então uma hora ela está aqui do lado direito outra hora está do lado…

Taty Ades: É, vai migrando…

Dr. Marcelo Amato: Eu inverti os lados aqui, esquerdo, direito, tudo bem. Mas ela vai migrando, diferente da hérnia de disco que realmente se tem uma hérnia com compressão neurológica é um, dois nervos que estão apertados e vão doer sempre aquele trajeto, naquele local, naquela perna, então isso dá algumas dicas para gente se o problema é muscular ou se ele é neurológico ou se ele é da hérnia de disco.

JB Oliveira: ah, legal isso.

Taty Ades: Vamos ver Elaine Luz, Elaine, beijão para você. “Boa tarde Taty, há dois anos comecei apresentar uma dor insuportável no ombro esquerdo e o diagnóstico do ortopedista foi capsulite adesiva, a reumatologista falou em fibromialgia, mas disse que era um diagnóstico de exclusão, remédios e fisioterapias não apresentaram melhora e com o tempo a dor começou a se manifestar no direito, hoje o braço esquerdo melhorou espontaneamente, mas fiquei ligeira redução de movimentos e o braço direito ainda está bem limitado apesar de ter diminuído as dores que são maiores em caso de esforço, paralelamente eu estava passando por um luto muito difícil, a capsulite adesiva pode ser também psicossomática tal como a fibromialgia?” Doutro o que seria capsulite adesiva?

Dr. Marcelo Amato: Não é um termo que a gente utiliza na nossa rotina, até provavelmente o problema dela é no ombro, não na coluna, então foge um pouco da minha especialidade.

Taty Ades: Que ela migra de um para o outro…. e…

Dr. Marcelo Amato: provavelmente ela tem dificuldade de movimentação do ombro, do braço, então não… esses casos até pode ter alguma dor relacionada a coluna envolvida, mas geralmente não é da coluna, quando a dor é mais no ombro, muda de lado, tem dor ao movimentação, provavelmente não é problema da coluna.

Taty Ades: Quando se inicia no ombro geralmente não é da coluna então…?

Dr. Marcelo Amato: Tem algumas raízes nervosas da coluna cervical, então hérnias de disco na coluna cervical elas podem dar uma dor no pescoço e que irradia para o ombro às vezes até para o braço.

Taty Ades: Mas é porque está irradiando do pescoço, ok.

Dr. Marcelo Amato: Porque está irradiando, então é difícil diferenciar então, realmente o paciente precisa procurar o médico, porque alguns testes a gente faz o exame clínico para diferenciar se a dor é do ombro ou se a dor é da coluna.

Taty Ades: OK. Então vamos lá…

JB Oliveira: De repente essa capsulite é uma bursite?

Orador B; Sim, pode ser.

Taty Ades: É possível, né…

Dr. Marcelo Amato: Realmente foge um pouco da minha especialidade.

Taty Ades: Pode ser, exatamente. E quanto à questão Elaine de psicossomático eu responderia que tudo pode ser, mas essa é uma visão minha, eu acho que muitas coisas podem ser. Aqui a Denise, “doutor Marcelo, em que se diferencia cirurgia minimamente invasiva e como é essa procedimento?”.

Dr. Marcelo Amato: Bom, a gente já veio falando algumas coisas aqui, mas a ideia é realmente que é uma cirurgia que traga uma agressão menor ao organismo do paciente, então os cortes são menores às vezes a gente nem usa corte, a gente usa agulhas e diferente do procedimento convencional para uma hérnia de disco, por exemplo, que a gente precisa fazer um corte um pouco maior, o paciente precisa passar por uma anestesia geral diferente da anestesia local e da sedação que a gente usa nos procedimento minimamente invasivos. A cirurgia convencional ela também não é, na hora que a gente fala não é coisa que era feita há 40 anos atrás, ela precisa direcionar, ele evoluiu…

JB Oliveira: Ela evoluiu….

Taty Ades: O Mau gostou dessa ideia…

JB Oliveira:  É uma dúvida medieval que eu tive…

Dr. Marcelo Amato: Mas ela evoluiu muito e importante falar isso, porque não são todos os pacientes que são candidatos ideias para uma cirurgia minimamente invasiva, então tem alguns tipos de doenças, de pacientes que não vão poder passar por uma cirurgia minimamente invasiva e ai parece que fica um monstro da cirurgia convencional, mas não é, cirurgia evoluiu muito também feita com muita segurança hoje em dia e estamos ai resolvendo os problemas dos pacientes com essas cirurgias também.

Taty Ades: Olha aqui, a Camila gente, ela pergunta “Doutor, após a cirurgia para hérnia de disco poderei fazer ginastica?” a pessoa volta as atividades?

Dr. Marcelo Amato:  É, essa pergunta eu acho fantástica, porque os pacientes tem muito medo e às vezes até mesmo alguns médicos ficam com medo de não especialistas de falar, não, pode fazer, porque está com medo de piorar a situação, então a ideia é que faça sim, logico que cada paciente vai precisar de um tempo de recuperação, pacientes que tem uma atividade física já habitual vão voltar mais rápido com certeza, do que aquele que não faz nada e “não, gora eu tive a hérnia eu preciso fazer, preciso me fortalecer e tal” esse ai provavelmente vai precisar de mais cuidado, uma fisioterapia, um preparo para poder voltar as atividades, mas a ideia é que volte sim.

Taty Ades: Que volte, legal, legal.

Dr. Marcelo Amato: é que tem algumas atividades que a gente sabe que são ruins para coluna, então atividades de muito impacto, atividade competitiva, de contato, então lutas por exemplo, que a gente não tem como garantir.

Taty Ades: Aeróbica…

Dr. Marcelo Amato: É a atividade aeróbica dependendo do tipo dá para fazer.

JB Oliveira: Jiu jitsu…

Dr. Marcelo Amato: Pois é Jiu jitsu é… tem gente com disco cervical e que luta e quer muito voltar, difícil… porque é muito ariscado.

JB Oliveira: Você havia falado para gente com relação ao desgaste que gera a hérnia de disco e disse também que há vários tipos de hérnia de disco, mas normalmente a hérnia ela pode ser gerada, ela pode acontecer sozinha ou acontece por causa de uma má postura, desenvolvimento de uma atividade mais intensa, por que ela acontece?

Dr. Marcelo Amato: Bom, é uma doença degenerativa então, o paciente ele geralmente ele tem uma predisposição genética a apresentar hérnia de disco e tem um outro fator que também como a predisposição genética a gente não controla que é o envelhecimento da coluna, agora existe os fatores ambientais que eles são extremamente importantes para desenvolvimento ou não da hérnia de disco.

Taty Ades: Já estou imaginando que o tabagismo vai estar nessa história, acertei? Sei porque ele sempre está.

Dr. Marcelo Amato: Existem muitos estudos que mostrando.

Taty Ades: Em tudo, não é?

Dr. Marcelo Amato: Com certeza, com certeza, prejudica sim, mas principalmente postura, atividade física que é feita de forma errada ou de menos ou de mais também prejudica pode predispor o caso a uma hérnia de disco, alguma profissão da pessoa também tem algumas….

JB Oliveira: Sedentarismo também.

Dr. Marcelo Amato: Com certeza sedentarismo também e é o que eu vejo hoje pessoas cada vez mais jovens tendo hérnia de disco pelo sedentarismo então, eu acho que eu respondi a sua pergunta.

Orador C; Sim, sim.

Taty Ades: Doutor a questão do medo que a gente estava até falando no intervalo, a Daniela pergunta o seguinte “Boa tarde, eu tenho a hérnia de disco bem na região cervical, meu medo de operar é de ficar tetraplégica, existe esse perigo?” a gente estava comentando no intervalo justamente esse medo que as pessoas têm da coluna com a paralisia, quer dizer, pode ter esse perigo ou…?

Dr. Marcelo Amato: Realmente a medula cervical ela transmite praticamente toda função do nosso cérebro para o corpo, então uma lesão na medula cervical ela pode deixar o paciente tetraplégico, mas a cirurgia hoje em dia é o que a gente tem falado, ela é muito seguro a gente tem técnicas que estão cada vez mais seguras trazendo esse risco lá para baixo então, falar que não pode acontecer eu vou estar mentindo, mas realmente o risco de sequelas com os procedimentos para coluna hoje em dia são baixos e é importante ressaltar que a cirurgia quando ela está indicada de uma certa forma ela está querendo evitar que essas coisas aconteçam então, é questão a gente tem sempre que pesar o risco e o benefício do procedimento, a pessoa vai se beneficiar vai ficar sem risco de ficar tetraplégico pela doença eventualmente então, isso precisa ser pesado logico respeitando caso a caso.

JB Oliveira: é você disse uma coisa legal que é a cirurgia ela é para evitar e não para provocar, para evitar uma sequela em função do problema e não a pós cirurgia gerar o problema, na verdade a cirurgia é para evitar.

Taty Ades: é importante isso, ressaltar porque as pessoas ainda tem muito medo.

JB Oliveira: Que pensam que fazer a cirurgia elas vão ficar sequeladas.

Dr. Marcelo Amato: Só fazer uma ressalva para também não ficar mal interpretado que às vezes as pessoas tem uma hérnia de disco e ficam muito preocupadas com isso e acham que vão ficar tetraplégico por causa da hérnia de disco, então é importante ressaltar que a hérnia de disco não é um tumor que vai crescendo e cada hora e um dia vai ficar tetraplégico, não é assim, então se o quadro está estável o sintomas desapareceram, a pessoa não precisa ficar preocupada é tocar a vida, porque os pacientes eles ficam ansiosos, “não, eu quero fazer uma ressonância porque eu tive uma hérnia de disco ai 3 anos atrás e depois eu nunca vi como que estava”, “não, mas você está sentindo alguma coisa?”, “não, não estou sentindo nada” eu falei “então, não precisa investigar dessa forma’ porque esses pacientes a gente vê que gera uma ansiedade muito grande neles e desnecessária, não é uma tumor não é que vai ficar.

Taty Ades: Por favor gente…

Dr. Marcelo Amato: É.

Taty Ades: Aqui a Rita de Belo Horizonte “A escoliose pode ser tratada com cirurgia? até hoje não achei tratamento adequado” eu também não Rita. E é uma dor realmente eu que tenho escoliose, olha, é complicado e a gente tem sempre que star ajeitando a postura, porque senão você percebe você já está, o ombro já vai indo é complicado mesmo.

Dr. Marcelo Amato: Certamente existe cirurgia para escoliose, sempre os procedimentos para coluna eles devem ser acompanhados de um tratamento clínico então, certamente o paciente não pode jogar toda esperança na cirurgia então, como a gente falou, é uma doença degenerativa então, ela… para a hérnia de disco, para a escoliose vai operar aquele problema naquela região tem que lembrar que a coluna é grande tem outras regiões para cuidar, mas se ela está com sintomas certamente ela precisa procurar ajuda porque existe tratamento cirúrgico sim.

JB Oliveira: ai existe também algum tipo de vamos falar no sentido contrário vai, alguma medicina de prevenção no caso para evitar o que eu possa a vir a ter independente se ´é degenerativo ou se é uma coisa genética?

Dr. Marcelo Amato: Eu gosto de combater o sedentarismo, eu como melhor maneira de evitar os problemas de coluna então, não tem uma formula magica como eu falei exercício de mais ou de menos pode prejudicar então, a pessoa tem que encontrar o meio termo, o que vai ser adequado para ela, mas eu acho que a principal maneira de prevenir é realmente com postura adequada e atividade física adequada de forma equilibrada é o que a gente pode fazer, a predisposição genética ou o envelhecimento não tem como lutar com isso então, a gente tem que realmente brigar para que a prevenção seja feita de forma adequada.

JB Oliveira: em todos os sentidos da saúde, acredito que a gente evitar o sedentarismo e cultivar ai o melhor situação possível da saúde da gente.

Taty Ades: é prevenção é muito importante.

JB Oliveira: É a prevenção sempre.

Taty Ades: Aqui o Carlos doutor diz o seguinte, “como saber se preciso procurar ortopedista ou um neurocirurgião quando sinto dores na coluna, existem sintomas específicos?”

Dr. Marcelo Amato: Se o sintomas está relacionado a coluna ele pode procurar o ortopedista ou o neurocirurgião, no Brasil a gente tem essa livre escolha em outros países geralmente o paciente tem que passar com o clínico geral e ele encaminhas, mas no Brasil é livre escolha e o neurocirurgião pode atende-lo como primeiro ate4ndimento sem dúvida.

Taty Ades: Ok, OK, Geralmente pensa no ortopedista primeiro…

Dr. Marcelo Amato: Com certeza.

JB Oliveira: Aliás eu não tinha a mínima ideia de que podia entrar com neurocirurgião, não sabia, como muita gente também não deve saber e agora acho legal as pessoas estarem mais informadas, isso é extremamente importante, falou em osso como dizia meu avô, falou em osso vai no ortopedista.

Taty Ades: É verdade, é verdade.

JB Oliveira: E eu acho que umas das coisas mais importantes, talvez a primeira coisa mais importante da saúde talvez seja informação as pessoas estarem informadas do que elas podem, porque muita gente acaba evitando muitas tratamento e acaba como eu disse assim, fazendo auto diagnostico e se tratando em casa com as coisas antigas pode funcionar ou não, não importa, mas acabam evitando o tratamento ir no médico, porque elas não sabem, porque elas não têm informação e eu acredito que informação é uma das coisas mais importantes com relação à saúde.

Dr. Marcelo Amato: concordo.

Taty Ades: Doutor, considerações finais eu gostaria de deixar, logico está passando no ‘gc’ o site Amato e o telefone, você gostaria de deixar mais algum contato, e-mail?

Dr. Marcelo Amato: Eu queria agradecer muito a oportunidade aqui de estar falando para eventualmente se eu consegui ajudar uma ou outra pessoa com alguma informação eu já fico satisfeito.

Taty Ades: Com certeza ajudou muito.

Dr. Marcelo Amato: Então…

Taty Ades: Então, o contato é o…

Dr. Marcelo Amato: Do site…

Taty Ades: Do site que está passando, está ‘joia’, muito obrigada.

Dr. Marcelo Amato: Imagina, eu que agradeço.

Taty Ades: Mau, mais uma vez obrigada.

JB Oliveira: Obrigado, estamos aqui.

Taty Ades: Sempre ajudando aqui.

JB Oliveira: Obrigado doutor, você me ajudou muito hoje.

Taty Ades: ‘Gente’ a semana que vem a gente vai receber…. vamos falar de luto, a gente vai receber uma mãe que perdeu um filho e ela vai estar contando para gente essa experiência tão dolorosa e a superação como é que foi para ela superar, ela escreveu um livro sobre isso. Então, eu vejo vocês na semana que vem, um beijo muito grande, até lá.

Fim da transcrição.

Dr. Marcelo Amato - CRM: 116.579
Dr. Marcelo Amato - CRM: 116.579
Médico e Neurocirurgião pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP); Doutor em Neurocirurgia (Clínica Cirúrgica) pela Universidade de São Paulo (FMRP-USP), orientado pelo Prof. Dr. Benedicto Oscar Colli; Especialista em Neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e pela Associação Médica Brasileira (AMB); Especialista em Cirurgia de Coluna pela Sociedade Brasileira de Coluna (SBC) e Associação Médica Brasileira (AMB); Linha de Pesquisa em Cirurgia Endoscópica da Coluna desde 2013 pela FMRP-USP com diversos artigos e livros publicados nacional e internacionalmente; elaboração de aulas e cursos nacionais e internacionais sobre Endoscopia de Coluna, e realização de consultorias em todo território nacional ; Neurocirurgião referência do Hospital de Força Aérea de São Paulo (HFASP); Diretor do Amato - Hospital Dia;

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